Hora de Balanço

Todo final de ano e véspera do meu aniversário eu costumo fazer um balanço do que fiz de bom, de ruim e, principalmente, do que quero fazer no próximo ano que está começando. Este ano não será diferente, a única exceção será que esta tarefa não será mais um exercício solitário, irei dividir com vocês.


Hora de fechamento, contabilizar o que houve de bom ou ruim neste ano que acaba hoje. E o melhor: o que quero do próximo ano.

Minha meta para 2008 era a estabilidade, sim, eu queria que algumas conquistas que tive nos últimos dois anos ficassem mais sólidas e que em 2008 eu pudesse dar aquela sentadinha marota e sorrir tranqüila diante de tudo que tinha conquistado, satisfeita. E quem sabe até começar a sonhar com o fato de ser mãe, mas...
2007 foi um ano agitado e com reviravoltas que não esperava, ou melhor, esperava, mas achei que nunca teria coragem de ser autora delas.
Apesar da aparente derrota, acho que venci em alguns aspecto. Estou mais segura e confiante da minha beleza em minha inteligência. Sinto orgulho da minha força de vontade e do meu empenho. Agora, é só colher os frutos: estou mais bonita, mais confiante, muito mais paquerada e desejada. E, o mais importante, segura do meu poder, de que quando realmente quero algo eu faço acontecer!
No aspecto profissional, faço exatamente o que sempre quis fazer voar, porém tive o gosto de chegar próximo a idealizar meu maior anseio, que é de ser comissária de bordo,bom mas não vou me abater e lutar por isso. Porque eu acredito que quando você verbaliza um sonho ele ganha mais força, mas também olhares invejosos. Assim, deixa acontecer...

Só desejo algo mais estável no meu trabalho, mais seguro, porém, num país como o Brasil em que o único emprego estável é de deputado, porque tudo acaba em pizza mesmo, acho que sou uma profissional realizada. Mas trabalhar tanto tem um lado ruim que me faz ter um outro desejo: ter mais tempo pra mim e pra quem está ao meu lado.

Se em 2007 eu queria ser uma filha melhor, em 2008 quero ter pais mais compreensivos e que aprendam a respeitar minhas decisões. Afinal, quem mais sofre com elas sou eu mesma, e sozinha, pagando literalmente a conta de não deixar o comodismo tomar conta do meu destino.
Desejo em 2007 ser uma filha ainda melhor, com mais tempo pra curtir cada membro da minha família , porém, quero parar de me sentir culpada por não ser a mulher maravilha que às vezes acho que meu pai deseja que eu seja. Tenho que tomar decisões, que mesmo contrariando a vontade da minha família, me faça feliz. Chega de ficar pensando na felicidade de todo mundo em detrimento da minha.Em 2007 eu tomei uma decisão difícil e dolorida, que contrariou a vontade da minha família e do homem que tinha escolhido pra dividir minha vida toda. Cansei de ficar pensando na felicidade de todo mundo em detrimento da minha. Doeu muito e ainda dói, mas acho que dei o primeiro e grande passo para ser uma pessoa mais completa, madura e feliz. Feliz dentro do real, porque deixei de acreditar em contos de fada, e sei que problemas todo mundo tem e sempre vai ter. O que você precisa é saber conquistar uma vida digna, realizar coisas que lhe dão prazer, conviver com quem você realmente ama, para que quando um momento verdadeiramente feliz acontecer em sua vida, você saiba curti-lo em toda sua plenitude.Houve rompimento com pessoas que marcaram minha vida, que ainda amo e que nem sei me amararam tanto quanto eu ... mas nos perdemos.
O capítulo coração é um caso a parte. Só posso dizer que estou no caminho certo para ser feliz. Mas deixa acontecer também. Neste aspecto continuo acreditando na minha velha máxima: "Deixa a vida me levar, vida leva eu". Bem, o capítulo amor é um caso a parte. Só posso dizer que sou muito amada, muito mesmo. Tanto que até me assusta. Mas esse ano foi importante pra mim, apesar de tantos encontros e desencontros, me sinto mais segura em relação ao que sinto. Acho que meu coração se aquietou um pouco. Minha meta é decidir ser feliz.
Não quero mais ser responsável pela felicidade de ninguém, só pela minha. Não gosto de pessoas que ficam me pressionando, cobrando, vigiando. Que dizem que sem mim, tudo perderia a graça. Isso é jogar sujo, porque você acaba se sentindo responsável pela felicidade do outro. E já é tão difícil cuidar da sua própria, imagine da de um homem forte e barbado. Por favor, não joguem assim comigo! Aceito ser feliz e dividir esta felicidade com a pessoa que escolher para ficar ao meu lado por um dia, por uma semana, por um mês... e se estiver bom, por que não pela vida toda?
O amor serve pra somar e não escravizar. Sei que o erro é meu, de me deixar ficar escrava algumas vezes, mas pra mim é tão difícil fazer sofrer pessoas que amo. Mas minha meta será: antes elas chorarem do que eu! (Apesar de que sempre acabo chorando junto).
Agora, meu homework está acabando. Acho que já verbalizei tudo que quero fazer e acontecer. E também o que não cabe mais na minha história. Porém, uma constante eu manterei na minha vida: sair com amigos, beber, dançar muito, beijar na boca e amar como se não houvesse dia seguinte.
E que venha o novo ano! Quero muito que todas minhas expectativas se realizem e quero ser feliz e vitoriosa. Mas depois de tudo que passei este ano, se não for assim e der tudo errado, sei que sou forte o suficiente para recomeçar tudo de novo. E o que é a vida, senão um eterno recomeço. E de lutar eu não tenho medo.