A intuição lá vai dizendo para ficar longe...mas sabe-se lá porquê a vontade de estar perto vai aumentando.
Ouvem-se as palavras meigas, a voz nas noites frias, os sorrisos...depressa o ser humano se habitua às coisas boas.
E dizem-nos que são diferentes, para não estarmos à defesa, para darmos uma oportunidade a nós mesmos de sermos felizes... pois sim.
Há portas que se deviam manter para sempre trancadas.
Fogo de palha.
A máscara cai... no instante seguinte existe nada, fica apenas a desilusão. A tristeza por termos mesmo acreditado que alguem podia ser diferente. Mas não é. Ninguem é diferente.
Não existem milagres, nem principes, nem felicidade plena. Existe nada...
E pior de tudo é que se sofre por quem menos vale a pena...ficamos tristes com quem nunca mereceu este nó na garganta. Ficamos tristes por termos acreditado.
Para sempre não existe. Tanto nas coisas boas como nas más. Depois da desilusão vem a raiva por termos sido ingénuas ou inocentes, depois da raiva virá a saudade...depois da saudade virá nada.
Até ao dia em que o nada seja de novo preenchido pela ilusão...e quem sabe aí se volte a acreditar, mesmo que por um breve instante do tempo, que alguem pode mesmo ser diferente. E o nada será tudo outra vez...voltaremos a acreditar nesse "para sempre", que não existe.
Nem sei que faço aqui.
Vou sair, esquecer, beber, rir...dormir
Vou acordar com um dia fantástico para viver... de rosto erguido e o coração um pouquinho mais amargo, até ao dia em que gestos o adocem outra vez.
E aos poucos, vou perdendo a fé nas palavras dos homens... diz-se o que não se faz, o que não se quer e nem o que realmente se deseja. Tudo podia ser tão facil...tão sem fingimento.
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