10 de fevereiro de 2008

Só...Solidão

Estou rodeada de pessoas, mas me sinto como se estivesse sozinha
Olho para cada rosto e vejo neles um sorriso em seus lábios.
Meu corpo esta ali presente, mas a minha alma vagueia para bem longe dali.
Tem horas que pareço estar em off. E fujo de todos com os meus pensamentos
Quando volto a mim tento disfarçar para que ninguém notar.
Meus olhos me traem sem remorso,

Mostra a todos a toda a dor que ele carrega.
Não posso mais continuar assim com o coração dilacerado
Partido em sofrimento e saudade.
Não quero e não devo sentir isso solitariamente por um
Amor de mentiras enfeitado de falsidade embrulhado
Com a sua enganação.

Tentei passar por cima da tua frieza mas acabei me afundando
Na sua arrogância
Debati-me, gritei por seu nome e acabei morrendo na sua indiferença

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.




Há momentos em que a solidão dói demais.
Em mim mesma, não consigo encontrar as respostas que tanto procuro.
Deixaste-me sem rumo, sem mim, sem nada.
Acreditei que eras tu, que eras diferente, que me respeitavas.
Fizeste-me crer que nunca me magoarias intencionalmente.
Confiei. Amei. Ceguei.
E perdi. O meu amor próprio. A minha vida.
Nem uma palavra. Nem um adeus.
Nada.
Por quê?
Se ao menos conseguisse entender.


"Eu hoje tive um pesadelo E levantei atento, a tempo Eu acordei com medo E procurei no escuro Alguém com o seu carinho E lembrei de um tempo Porque o passado me traz uma lembrança De um tempo que eu era ainda criança E o medo era motivo de choro Desculpa pra um abraço, um consolo Hoje eu acordei com medo Mas não chorei nem reclamei abrigo Do escuro, eu via o infinitoSem presente, passado ou futuro Senti um abraço forte, já não era medo Era uma coisa sua que ficou em mimE que não tem fim De repente, a gente vê que perdeu Ou está perdendo alguma coisaMorna e ingênua que vai ficando no caminho Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás"(POEMA by CAZUZA)


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