26 de janeiro de 2008

Amor proibido esse meu e seu... sei lá quem tem razão!?

Amor clandestino: um dia você vai ter um. Você solteiro e o outro casado, ou você casado e o outro solteiro, ou ambos casados.
Não é um amor como os outros. Amor clandestino é amor bandido, fora dos padrões. Requer encontros secretos, sussurros ao telefone, algumas datas impossíveis de serem compartilhadas e muita saudade. Ou seja: é nitroglicerina pura! Nenhum desgaste do cotidiano, nada de sogra, cunhada e, melhor ainda, nada de filhos! É só os dois e aquelas horas contadinhas no relógio, impedindo que o casal perca tempo com qualquer outra coisa que não seja prazer. No entanto, as pessoas sofrem por causa destes amores. Se é tudo uma festa, qual é a bronca?
O amor clandestino, pra começar, é superestimado. Ele tem a cara dos contos-de-fada, dos filmes que passam no cinema, das cenas de novela. Vivenciamos uma idealização: o par perfeito, que vive entre quatro paredes e que ignora o que acontece do lado da porta da rua pra fora. Já que se vêem pouco, as palavras de amor transbordam, e como ao menos um dos dois é comprometido, o jogo da sedução é ininterrupto. O sexo é a estrela da casa, por causa dele a relação nasceu e se mantém. Não é um amor como os outros, e isso é tão bom que acaba se tornando um problema.

Terminar uma relação assim é acordar de um sonho. E persistir numa relação assim é um pesadelo. O amor precisa ser ventilado, sair pra rua, respirar ar puro. O amor precisa de duas pessoas em igualdade de condições. Acreditar que basta uma cabana é ilusão: o amor precisa ser testemunhado.
Amores clandestinos são tentadores para as pessoas vaidosas, que precisam certificar-se do seu poder de fogo, que necessitam conquistar e serem conquistadas. Quem não tem esta vaidade? Umas sufocam, outras topam a parada. Uns saem da experiência revitalizados, outros atolam. É muito difícil medir o verdadeiro amor diante de uma relação tão cheia de significados, com tantas armadilhas no caminho, com todo o ilusionismo que a sustenta. O que parece amor pode ser apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências. E o que parece apenas uma fantasia levada às últimas conseqüências pode ser mesmo amor. Falta parâmetros para medir este amor intramuros.

É o céu e o inferno de quem se atreve.
[Martha Medeiros]




Romeu e Julieta simbolizaram o amor em sua faceta adolescente, ardente e incapaz de suportar a perda
Mas é como o ditado diz: "quanto mais alto, pior a queda", por isso que uma das piores dores é a dor da desilusão.
. E como saber se o que você está vivendo é verdadeiro? É simples, basta se aproximar cada vez mais do Divino Mestre, que ele lhe orientará no caminho. As pessoas ficam querendo viver um grande amor, sem entender que é necessário ligar-se na fonte do Amor Maior, aprender a se colocar na sintonia certa, para isso ser atraído para a sua vida.

Portanto, fica claro o processo evolutivo necessário para alcançar-se a compreensão e a vivência dessa benção, seja através de um romance, seja através de um filho ou de uma amizade, por que não?

Quem dá a continuidade ao caminho Real do amor. Real no sentido de realidade ou realeza? Nesse caso tanto faz, pois é como disse a música: "somente gente fina pode ter um grande amor". E o amor verdadeiro tem o poder da inteireza: quando ele está presente, ele É a realidade.


Pensamentos Sábios:

" A saudade é um pouco como a fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco; quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".
Clarice Lispector

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