Ouvindo neste instante essa música do Milton Nascimento, "Eu CAÇADOR DE MIM" , parei para refletir e cheguei a uma conclusão: eu ando meio ausente de mim estes dias, fui tão intensa neste amor o qual deixei me levar, que esqueci que eu existo, eu que sempre fui segura de mim e dos meus sentimentos, entrei nesta de cara e convicta das consequências, porém sou intensa e exigo tal atitude do ser amado, afinal se eu posso arriscar porque terei que ter a tal paciência!? Já nao consigo dizer se é bom ou mal esse sentimento avassalador que se alojou em mim, só sei que sem ele nos meus planos a vida não tem graça, estava sem escolha participando deste jogo.
Mas como canta meu amado Dinho : Sou um passageiro e rodo sem parar... Meu caminho é cada manhã Não procure saber onde estou Meu destino não é de ninguém E eu não deixo os meus passos no chão Se você não entende não vê Se não me vê não entende Não procure saber onde estou Se o meu jeito te surpreende Se o meu corpo virasse sol Minha mente virasse sol Mas só chove e chove, chove e chove ...
Hoje é o dia E eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia.
Só as coisas que você não quis Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro
Salas e quartos Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar em algum lugar.
Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde...
Buscando, temendo, voltando. Buscando novamente. Transpassando alguns, retrocedendo por outros. Sentimento de vitória, vez em quando de derrota. Hoje estou assim, caçadora de mim.
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